Foi uma maratona de jogos que culminou com a subida de divisão via playoff, reconquista da Hattrick League Cup e chegada às meias-finais da XCL.

Quando conquistámos a Hattrick League Cup na época passada sabíamos que a temporada seguinte seria de longe a mais exigente que tínhamos tido até aqui. O facto de nos termos apurado para a Xpert Champions League iria significar que, se consequíssemos ter êxito na taça,  disputaríamos 3 jogos por semana durante pelo menos 6 semanas. Ao aumento de competitividade em campo associada ao grande nível dos adversários presentes nesta competição iria por certo juntar-se uma maior dificuldade em gerir a forma dos jogadores e um aumento de ausências em jogos importantes devido a lesões e suspensões.

Assim foi de facto. Esta foi a época em que tivemos maiores dificuldades em manter a forma da equipa em patamares aceitáveis, quer em termos de performance em campo, quer em termos de perspectivas de desenvolvimento no final da época. Em lugar da habitual alternância entre valores de 16 e 17 para a forma média do plantel tivemos que nos contentar com oscilações entre os 14 e 15 durante a maior parte da época. Alguns jogadores lesionaram-se gravemente por mais que uma vez, obrigando pela primeira vez a dada altura da época à contratação da jogadores veteranos por forma a precaver uma eventual escassez de jogadores numa dada posição.

O primeiro lugar no campeonato cedo ficou fora das nossas perspectivas, já que encontrámos um implacável C.F.R. CLUJ que, após ter perdido connosco na final da taça da época anterior, nos venceu logo na primeira jornada e não mais olhou para trás, com 10 vitórias nas primeiras 10 jornadas. Tivemos que nos contentar com a luta pelo lugar no playoff, que conseguimos assegurar mesmo poupando alguns jogadores em jogos que precediam desafios importantes nas outras competições.

Na taça conseguimos vencer todas as eliminatórias nos 90 minutos, ao contrário da época anterior, em que tivemos que ir ao desempate dos penalties por 3 ocasiões. Nesta época tivemos a dificuldade adicional de disputar os desafios desta competição na véspera dos jogos da XCL, perdendo por vezes jogadores importantes para o dia seguinte.

O sorteio do XCL brindou-nos com um grupo contendo 3 equipas orientadas por treinadores portugueses (eu, o Nunosa e o Pedropalhao) e uma alemã, o Imperial Cobán, treinada pelo Cgabi, na altura no TOP 5 do ranking mundial e que viria a chegar a nº1.

A fase de grupos começou da melhor forma, com uma derrota em casa com o poderoso Imperial Cobán. Um empate na jornada seguinte com Porto Knights, treinado pelo Nunosa, deixou algumas esperanças que foram confirmadas nos jogos seguintes, com 2 vitórias sobre o Biquiera de Aço F.C. do Pedropalhao e uma sobre o Porto Knights nas 3 jornadas seguintes. Conseguimos assim carimbar a passagem aos oitavos-de--final em segundo lugar, atrás do Imperial Cobán, com quem empatámos na derradeira jornada.

Convém nesta altura destacar a grande falta de sorte do Nunosa nesta fase de grupos, que teve o seu guarda-redes titular lesionado em ambos os jogos contra nós, o que teve carácter decisivo nos bons resultados que tivemos contra a sua equipa. Esse azar foi também bem patente nos jogos do Porto Knights contra o Imperial Cobán, em que a equipa alemã estava sem guarda-redes disponível no plantel, actuando com um defesa na baliza, e mesmo assim conseguiu arrancar um empate e uma vitória nestes dois desafios. Sem esta manifesta falta de sorte, seria por certo o Porto Knights do Nunosa que teria assegurado a presença nos oitavos-de-final com o Imperial Cobán, e que estaria neste momento no nosso lugar na fase adiantada da prova em que actualmente nos encontramos.

Nos oitavos-de-final encontrámos novamente o Imperial Cobán, tendo no entanto a felicidade de o jogo da 1ª mão se disputar na semana seguinte à divulgação do relatório de mudança de época na sua liga. Assim, conseguimos vencer a primeira mão por 1-0, melhorando substancialmente o resultado do jogo da fase de grupos em nossa casa. Na segunda mão, no entanto, o azar bateu à nossa porta, com a lesão de um dos nosso melhores médios no dia anterior, em jogo a contar para a taça, e lesão de outro dos nossos melhores médios durante a segunda parte dessa jogo. Acabámos por permitir o empate na eliminatória já nos 10 minutos finais do jogo e sofremos para chegar ao penalties, onde fomos mais felizes, o que nos permitiu chegar aos quartos-de-final.

Na fase seguinte encontrámos o AS Ploiesti, que tinha acabado de eliminar o actual campeão em título, o South Hooligans. A forma dessa equipa romena estava no entanto um pouco em baixo, oscilando entre os 10 e os 11, o que aproveitámos para vencer os dois jogos, não concedendo nenhuma oportunidade ao adversário. Estávamos por isso nas meias-finais da competição.

Após o jogo da segunda-mão, disputou-se a última jornada do campeonato, no sábado, a que se seguiu o playoff na segunda. Apesar de algumas dificuldades (naturais, devido ao que estava em causa nesse jogo), conseguimos assegurar uma vitória pela margem mínima e assim assegurar a presença na Divisão 1 na época seguinte. A época estava terminada, 37 jogos oficiais depois, e havia a sensação de dever cumprido. No entanto, descanso era aquilo que não poderia haver, já que na quarta-feira seguinte iria disputar-se a primeira mão das meias-finais da XCL.

Na terça-feira saiu o relatório de mudança de época, fazendo a nossa forma média descer para 8. Uma cenário negro face ao jogo que se disputaria no dia seguinte. Com os treinos que terminaram na manhã do dia do jogo a nossa forma média subiu para 10, ainda bastante abaixo do desejável para um jogo desta natureza. No entanto, a equipa esteve à altura da importância do jogo, transcendendo-se e conseguindo uma vitória robusta por 3-0, que abre excelentes perspectivas para uma presença na final da competição. Com resultado deste jogo e do bom desempenho nos que o precederam, no dia seguinte o treinador do Samba Juniors figurava no 3ª lugar do ranking mundial de treinadores.

Após este jogo foram bastantes os treinadores que se manifestaram, a sua maioria portugueses, dando os seus parabéns à equipa e ao seu treinador pelo resultado alcançado. A todos eles, e também aos que durante a época foram demonstrando o seu apoio à equipa à medida que esta ia ultrapassando os seus objectivos, muito obrigado. Tentaremos continuar a dar motivos de alegria à comunidade portuguesa no X11.